quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Murilo diz:
ou da uma olhada lá no meu blog
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
COM CERVEJAAA
OPA
Murilo diz:
www.procesocomame.blogspot.com
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ESTOU ANOTANDO
Murilo diz:
pois anote
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ANOTEI
ACHO QUE VOU ABRIR UM
DE DEVANEIOS SUZAN
Murilo diz:
dos devaneios de suzan
brilho eterno de uma mente em devaneios
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kkkkkkkkkkkk
Murilo diz:
devaneios eternos de uma mente loka
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devaneios de uma mente cheia de lacunas..
Murilo diz:
kkkkkkkkkkkkk
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lacunas estas..
Murilo diz:
lacunas estas q me fazem loka
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como num tecido amarelo de cor de passarinho
Murilo diz:
da cor de passarinho morto
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morto...morto..
sem vida!
Murilo diz:
amarelo mortoo
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amarelo pálido de tão morto
Murilo diz:
amarelo morto de tão palido
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e uma menina pequena de vestido de renda branca e sapato preto
tenta entender aquele passaro amarelo morto
pálido
Murilo diz:
usando uma bolsa azul , uma calça preta , um sapato preto , uma bolsa amarela , um sapato azul ....
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com boina verde
e sem calcinha
Murilo diz:
amarelo morto , passaro azul , amarelo morto
amarelo manga de tão morto
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morto amarelo, amarelo morto, mortos
Murilo diz:
e sem pelos
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sem dentes
Murilo diz:
sem nada
de cara limpa
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sem nada de nada de nada
de nada
Murilo diz:
nada de nada
nem ning
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pra sempre nada
Murilo diz:
pra sempre só
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eternamente nda
Murilo diz:
só ela e o passaro morto
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de baixo de uma sombra maravilhosa
Murilo diz:
eternamente na sombra só , com o passaro morto , amarelo
ela amarela , morta e palida tbm
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amarelo canário, e ela amrelo só..
Murilo diz:
sem saber , sem dentes , sem pelo , sem nada , sem ning
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sem café
preto
Murilo diz:
brilho amarelo de uma mente de canário morto , numa sombra sem folhas num dia sem sol
sem café e sem cream craker
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de sombra com uma única gota amarela com dedos sem pelo nem dente, nem unha, nem nada..
só mesmo
ela
Murilo diz:
nem esmalte , nem batom , nem blush ...
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para ser tão pálida morta
nem sombra
Murilo diz:
pálida sem pankake
natural
naturalmente morta
naturalmente pálida morta
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aliás sombra que fica de coctas pra ela e pra o passaro amarelo morto
Murilo diz:
ouvindo o canto do pássaro morto , de costas pra sombra
descobre-se toda cagada
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sem asas, sem olhos, sem bico, se canto, sem amarelo e sem nadaaa
Murilo diz:
cagando sangue amarelo
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sangue que não se pode entender
Murilo diz:
e no meio de sua merda vê uma chave
uma chave sem chaveiro , sem nada
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uma chave de verdade
Murilo diz:
sem entendimento
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toda azulada
Murilo diz:
uma chave mais viva q ela e o pássaro morto
azul
azul
azul
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essa eu não vou aguenter
afinal quem está morto?
Murilo diz:
azul da cor da fita no cabelo de sua irmã morta
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somos nós!
os mortos
vivos
sem
dente
pelo
Murilo diz:
o pássaro ? ela ( sem saber ) ? a irmã sem fita ?
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cabelo
Murilo diz:
NÂO
somos Nós !!!!
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
não
Murilo diz:
MORTOS , SEM NADA
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
NÃO
Murilo diz:
SEM NINGUÉM !!!
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SEM NADA
SÓ
Murilo diz:
SEM DENTES
SEM ESPERANÇA
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TOTALMENTE SÓ
Murilo diz:
SÓ
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É TÃO TRISTE
Murilo diz:
SEM ENTENDIMENTO
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
NÃO
NÃ PODE
Murilo diz:
MORTOS DIANTE DE UMA SOMBRA SEM FOLHAS DE UM DIA SEM SOL
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SER
COM UMA ÚNICA GOTA DE ORVALHO FRESCO
Murilo diz:
não pode ser
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NO NARIZ
REMELENTO
Murilo diz:
eu não posso acreditar q estávamos mortos todo esse tempo
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
SIM
EU QUERIA DIZER
Murilo diz:
( avacalhou no nariz hein rsrsr )
diga
antes q seja tarde de mais
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MAS NÃO PODIA
MUITO TARDE
Murilo diz:
pois não adianta mais esconder
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
TARDE
Murilo diz:
acabo de perceber tudo
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
NÃO
TUDO ?
Murilo diz:
e é tão tarde
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DEMAIS
Murilo diz:
o meu nome ? nem lembro mais
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ESTAMOS TODOS MORTOS
Murilo diz:
quem fui , quem sou , quem sou eu ?
algo ou alguem , morto
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VC É
UM NADA
Murilo diz:
a única certeza é que estamos todos mortos
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COMO EU
Murilo diz:
nada
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
COMO VC
Murilo diz:
estamos vivendo tempos difíceis
não ...
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
SIM
Murilo diz:
estamos mortos em tempos difíceis
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ACHO QUE ESTAMOS ENLOUQUECENDO
Murilo diz:
e o q a gente faz agora ?
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
DEFINITIVAMENTE LOUCOS
NÃO SEI
Murilo diz:
será q alguém vai vir nos buscar ?
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
ACHO QUE DEVEMOS PLANTAR ABOBRINHA PARA CRESCER ALFACE
Murilo diz:
talvez esperar e ver se do alface surge uma esperança
mas e a chave ???
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
POW
Murilo diz:
A chave ?
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E A CHAVE?
Murilo diz:
o segredo deve estar na chave
azul
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
ONDE ESTÁ A CHAVE?
A CHAVE?
Murilo diz:
existe esperança ?
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MEU DEUS
Murilo diz:
no coco marelo sangue da menina morta
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PRECISAMOS DA CXHAVE
Murilo diz:
pega lá
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PEGA VC
Murilo diz:
vc q está morta a mais tempo
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EU NÃO TENHO LUVA
Murilo diz:
mas vc ta morta , não precisa de luva
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COMO SABE?
Murilo diz:
não sei
mas tudo está fazendo mais sentido assim
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SÓ SEI QUE FOI ASSIM
SIM
PEGA A CHAVE VC!
EU SEI QUE VC
PODE
Murilo diz:
Tá eu pego !!!!
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
UH
Murilo diz:
uhhhhh
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
AH
Murilo diz:
amarelo manga sangue bosta
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BOSTA MERDA PORRA
Murilo diz:
fede , mas não sei se esse cheriro vem daí , de mim ou de vc
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PEGO?
Murilo diz:
to procurando , ta tudo mole
o cheiro de ver ser do passarinho
joga ele fora
PEGUEIIII !!!!!
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ENTÃO VAI PRA TONGA DA MIRONGA
ARRAZZOOOO
Murilo diz:
o q faço com essa chave agora ?
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ABRE A CAIXA
E VE O QUE TEM DENTRO
Murilo diz:
pensei em enfiar no cú
cade a caixa ?
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NO CÚ?
DEPOIS DE TUDO ISSO
VC ACHA MELHOR
Murilo diz:
sim, pra ver se msm morto ainda resta uma gota de prazer
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UMA GOTA AMARELA sem dente, nem pelo
nem unha
Murilo diz:
se o prazer existir ainda há uma esperança
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ESPERANÇA MORREU BEM ANTES DA GENTE
Murilo diz:
uma gota de prazer amarelo
eu quero ir embora !!!!
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
SIM
ESTOU UM POUCO AMARELA DEMIS
NESSA HISTÓRIA PÁLIDA DE SOMBRE
Murilo diz:
eu quero ir embora !!!!
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FUI TOMAR BANHOOOOOOO!!!!!!!!
Murilo diz:
limpa tudo
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
OPA
Murilo diz:
mas o q é aquilo ?
um táxi amarelo ????
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
O QUE?
Murilo diz:
FUI
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
NÃO
Murilo diz:
TAXIIIII
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
TÁXIIIIIIIII
Murilo diz:
eu quero ir embora
eu fugi , morri para o mundo
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
EU ESTOU INDO
Murilo diz:
pra vc
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
JÁ ESTOU MORTA
Murilo diz:
não quero mais morrer aqui
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
FAZ TEMPO
Murilo diz:
com essa chave , sem esperança amarela
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
MINHA MÃE LEU TODA NOSSA HISTÓRIA
Murilo diz:
ela tá morta ?
tbm ?
e eu digo para o taxista :
" me leve para longe daqui e toda essa gente morta "
e ele responde
:
"estamos todos mortos " ]
Morri !!!
Fudeu !!!
...............................................
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
FEROOOOOOOOOOOO
NÃO TENHO MAiS CORPO
NÃO TENHO MAIS NADA
NEM CABELO AMARELO
NEM UNHA
NEM PELO
NEMPELE
NEM MESMO O PASSARO
Murilo diz:
vou publicar
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
UM PASSARO QUE NA VERDADE NUNCA EXISTIU
SEMPRE ESTEVE PÁLIDO E MORTO NAS MÃOS DA MENINA AMARELA
MORTA
FIM
AGORA VOU BANHARME
NAQUELA SOMBRA
Murilo diz:
volte ...
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
SIM
Murilo diz:
estarei aqui
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
VOLTO
EU TB
Murilo diz:
querendo fugir num taxi q nunca existiu
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
QUE PASSOU RETO DO MEU SINAL
Murilo diz:
seremos apenas eu , vc , a menina , o pássaro , a sombra e a chave
tem gente de mais aqui
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
TEM MUITA GENTE
Murilo diz:
o q a gente faz agora
?
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) diz:
TOMA UM BAHNO
E VOLTA PRA HISTÓRIA
Murilo diz:
ok , to te esperando
aqui na sombra
até
suzanrey@gmail.com (Endereço de email não confirmado) envia um wink:
Reproduzir "Beijo"
Murilo diz:
bjo
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Sou eu mesmo
Espécie de acessório ou sobressalente próprio,
Arredores irregulares da minha emoção sincera,
Sou eu aqui em mim, sou eu.
Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.
E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco inconseqüente,
Como de um sonho formado sobre realidades mistas,
De me ter deixado, a mim, num banco de carro elétrico,
Para ser encontrado pelo acaso de quem se lhe ir sentar em cima.
E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco longínqua,
Como de um sonho que se quer lembrar na penumbra a que se acorda,
De haver melhor em mim do que eu.
Sim, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco dolorosa,
Como de um acordar sem sonhos para um dia de muitos credores,
De haver falhado tudo como tropeçar no capacho,
De haver embrulhado tudo como a mala sem as escovas,
De haver substituído qualquer coisa a mim algures na vida.
Baste! É a impressão um tanto ou quanto metafísica,
Como o sol pela última vez sobre a janela da casa a abandonar,
De que mais vale ser criança que querer compreender o mundo —
A impressão de pão com manteiga e brinquedos
De um grande sossego sem Jardins de Prosérpina,
De uma boa-vontade para com a vida encostada de testa à janela,
Num ver chover com som lá fora
E não as lágrimas mortas de custar a engolir.
Baste, sim baste! Sou eu mesmo, o trocado,
O emissário sem carta nem credenciais,
O palhaço sem riso, o bobo com o grande fato de outro,
A quem tinem as campainhas da cabeça
Como chocalhos pequenos de uma servidão em cima.
Sou eu mesmo, a charada sincopada
Que ninguém da roda decifra nos serões de província.
Sou eu mesmo, que remédio! ...
terça-feira, 23 de novembro de 2010
The Beautiful People
Pessoa que se sente com uma combinação de características culturais quer masculinas (andro) quer femininas (gyne). Isto quer dizer que uma pessoa andrógina identifica-se e define-se como tendo níveis variáveis de sentimentos e traços comportamentais que são quer masculinos quer femininos.
Nas fotos abaixo : Ikaro Andrógino e Marilyn Manson
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
RENT = LOVE
seiscentos minutos
Como você mede...
Um ano de vida?
Que tal em amor?
temporadas de amor
Quinhentos e vinte e cinco mil e
seiscentos minutos
Quinhentos e vinte e cinco mil...
Jornadas para planejar
Quinhentos e vinte e cinco mil e
seiscentos minutos
Como você mede a vida
de uma mulher ou de um homem?
Em lições que se aprendeu
Ou nas vezes que chorou
Nas pontes que ergueu
ou na maneira que ela morreu
Essa história não tem fim
De celebrar
lembrar do ano
Na vida de amigos
Lembra com amor
Lembra com amor
Lembra com amor
Meça com amor
Meça,
meça sua vida com amor
Tempos de amor
Tempos de amor
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
É Hoje !!!
Elas se foram, perderam seu significado
Não funcionam mais
Vamos ficar inconscientes, querido
Hoje é o último dia que estou usando palavras
Elas se foram, perderam seu significado
Não funcionam mais
Viajando, deixando a lógica e a razão
Viajando, para os braços da inconsciência
Vamos ficar inconscientes, querido
Palavras são inúteis, especialmente as frases
Elas não significam nada
Como elas podem explicar como me sinto?
Viajando, viajando, estou viajando...
Viajando, viajando, deixando a lógica e a razão
Viajando, viajando, eu vou relaxar
Viajando, viajando, nos braços da inconsciência
E lá dentro todos ainda estamos molhados
Tendo lembranças nostálgicas
Como posso explicar como me sinto?
Viajando, viajando
Viajando, viajando
Viajando, viajando
Viajando, viajando nos braços da inconsciência
E tudo o que você aprendeu até agora
Tente esquecer
Eu jamais te explicarei novamente
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Um Brinde ao dia de Hoje !!!
Francamente, vamos beber, porque amar tá FODA!
domingo, 29 de agosto de 2010
Salve São Genésio !
Dai-me a perseverança, a paciência, a dignidade e o amor!
Fazei com que minha personalidade não se deixe influenciar pelo meu personagem, mas, que eu possa colher dele, toda a vivência, todo vigor, toda força, toda magnitude!
Que eu transforme a realidade em uma nova realidade, que eu recrie a obra da arte com toda força inteira e que eu colha do meu trabalho toda justiça, toda fortaleza, toda grandeza e todo amor!
Fazei com que as luzes dos refletores se tornem luzes divinas a iluminar todos os atos da minha vida, para que eu faça do palco um altar, sempre na intenção de o respeitar, dignificar, amar e venerar...
Que cada representação seja para mim, um Ato de Fé!
Que cada trabalho seja um sacrifício de glória e sucesso!
Para que eu envelheça, crescendo na representação e representante, crescendo na velhice; sempre trabalhando, sempre trabalhando, trabalhando, emocionando e glorificando. Enfim, para quando eu não mais existir, a minha atuação aqui na Terra não tenha sido em vão, e que, quando cair o pano, no ato final, todos aqueles que convivem comigo, possam aplaudir-me gritando: Bravo, Bravo!
E assim, eu possa agradar ao Maior Diretor Universal: DEUS!
[São Genésio: Padroeiro dos Atores]
Quem sou eu ?
Que o tempo foi devorando,
Travessura entardecida,
Pés inquietos silenciando
Na rotina dos sapatos,
Mãos afagando lembranças,
Olhos fitos no horizonte
À espera de outras manhãs
-Ai paletós,ai gravatas,
Ai cansadas cerimônias,
Ai rituais de espera-morte!
Quem me devolve o menino
Sem estes passos solenes,
Sem pensamentos grisalhos,
Sem o sorriso cansado!
Que varandas me convidam
A ser criança de novo,
Que mulheres, só meninas,
Me tentam cabular
As aulas do dia a dia?
Eu sou aquele menino
Que cresceu por distração!
Paulo Bonfim
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Eu tenho que Gritar Isso!
Porque você tá Surdo e não me ouve...
A sedução me escraviza à você .
Ao fim de tudo você permanece comigo,
Mas preso ao que eu criei
E não a mim!
Quanto mais eu falo sobre a verdade inteira...
Um abismo maior nos separa.
Você não tem um nome.
Eu tenho.
Você é um rosto na multidão.
E eu, sou centro das atenções!
Mas a mentira da aparência do que eu não sou ...
E a mentira da aparência do que você é ...
Porque eu não sou o meu nome
E você não é ninguém
O jogo perigoso que eu pratico aqui...ele busca o limite possível de aproximação!
Através da aceitação da distância e do reconhecimento dela!
Entre eu e você,
Existe a notícia...que nos separa...!
Eu quero que você me veja nua...
Eu me dispo da notícia!
E a minha nudez parada,
Te denuncia e te espelha...
Eu me delato
Tu me ralatas
Eu nos acuso
E confesso por nós...!
Assim me livro das palavras com as quais ...
Você me veste.
Poema Proibido
Não faça assim comigo
Desaparecendo, a me torturar
Volta logo e me faça gozar
Com seu erótico poetar
Sem seu tesão, aqui não é mais o meu lugar.
Sem você
Estou nua e desvalida
Minha poesia está seca, não tem vida
Mas, minhas entranhas continuam a ferver
Por você, Homem
Que nunca perdeu sobre mim o seu poder.
Saudades
Daqueles momentos de pecado
Em que normas morais eram deixadas de lado
E meu púbis carente
Na imagem da web cam
Deixava você louco, demente.
Volta
Pra sua rainha do pedaço, a do sensual rebolado.
Não temo zombaria
Sou sua eterna alegoria
Funciono até como disfarce
Mas sou o oculto prazer que te invade...
Venha
Reler em mim seu samba enredo
Não banque o bobo, não tenha medo!
Entre minhas coxas molhadas é seu vadiar
É aqui!
Onde te afogo nas ondas delirantes
De meu revolto e bravio mar.
Deixa que eu sinta de novo
Sua língua sacana e quente
Todinha me saborear
Atrás, na frente e em todo o lugar...
Sou totalmente sua
Na Terra, em Marte
Ou até mesmo no meio da rua.
Coma-me
Em minhas safadas entregas
Sem frescuras e sem regras.
Perca-se em meus entremeios e montes
Sinta meu cheiro doce de Fêmea
Em meus infindos horizontes
Dane-se no fogo perigoso de meu cio
Minhas águas são avassaladoras e escandalosas
Como de um eterno e revoltoso rio.
Sou de combustão espontânea
Selvagem na maneira de me dar
Mas, é desta forma que eu sei amar...
Sou como praga que te atrai
Caia em meu laço e não se solte mais.
Te prometo malícias
Deliciosamente sensuais.
Anormais???
Nua estou
Com o demônio que habita em mim em ebulição
Com minha vagina em erupção.
Meu corpo está em chamas
Minha ferida aberta clama
Por sua dura e enorme flecha
Meta
Penetra fundo nesta quente brecha.
Retalha
Meu corpo com suas rimas profanas
Com seu duro como navalha, sem perdão
Mas, acaba com minha convulsão.
Volta, por favor!
Entra por aquela mesma porta
E diga que ainda é meu doido e proibido Amor!
Arrancaram-me a garganta , mas necessito GRITAR ! by Elisa di Minas
Quero expor sexos descarados e arrebentar amarras de olhos dementes e superficiais.
Necessito mostrar gozo, que fere e machuca a pele entediada de igualdades e grandes escalas.
Quero o diferente, o imortal, o feio, deformado e escroto aos olhares.
Chega de superficialidades . de promessas , de descaramento, de falsidades.
BASTA !!!
Chega de tato e durabilidade . Necessito de toques e sensibilidades, de lambidas ferinas em feridas expostas, pra machucar.
EXCOMUNGO ! Aquele que diz verdades e estende o dedo ereto.
EXCOMUNGO ! Aquele que segue míope sem desviar caminhos.
ODEIO homens estagnados pintados de máscaras mugas e irreais.
ODEIO o ódio escondido em amores superficiais.
Arrancaram-me a garganta , mas necessito gritar !!!
Elisa di Minas
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Poesia Pagã
Acesse e veja o vídeo :
http://www.youtube.com/watch?v=Sy3be2oLDK8
Tradução :
Pedalando entre as correntes escuras
Eu encontro uma cópia fiel
uma cópia azul
de prazer em mim
lírios pretos girando totalmente maduros
Ele oferece um aperto de mão
entortaram-se cinco dedos
eles formam um modelo
ainda a ser descoberto
lírios pretos girando totalmente maduros
um código secreto se esculpiu
em uma palma de dedos
formando um modelo
ainda a ser descoberto
lírios pretos girando totalmente maduros
sinais de códigos morse
pulsam
me fazem despertar
de minha hibernação
Na simplicidade da superfície
mas há uma cova mais escura em mim
é poesia pagã
poesia pagã
Eu o amo
Desta vez
Eu vou manter isso para mim
Desta vez
Eu vou manter tudo para mim
E ele faz eu querer me ferir novamente
Ela o ama
Dos meus para os seus ...
quebre regras
perdoe rapidamente
beije demoradamente, ame verdadeiramente
ria incontrolavelmente
e nunca deixe de sorrir
por mais estranho que seja o motivo.
A vida não pode ser a festa que esperávamos
mas enquanto estamos aqui, devemos dançar....'
SÓ NÓS DOIS
Agora somos só nós dois
E não temos que provar pra mais ninguém
Amor, eles não conseguem perceber como é real
Que a gente se encante com alguém, assim...
Existem mil mistérios que renovam os nossos planos de seguir acreditando nesse nosso amor
E nada do que digam vai mudar
O que pensamos deixa estar
E agora vamos, já chegou!
Meu coração vai te mostrar
Que esse amor não precisa esperar
Meu coração vai te mostrar
Que esse amor não precisa esperar
Não precisa esperar!
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Selecionado !
Depois do primeiro contato com o público e com esta seleção, este processo parte para uma nova etapa : ensaios abertos, revisão de material e a pesquisa continua .
Em breve novos registros .
domingo, 8 de agosto de 2010
1º Manifestação em Público
quarta-feira, 28 de julho de 2010
1º Impressão
Era uma vez Eu , Eu levantei , fui ao banheiro, peguei uma lâmina gilete e cortei os pulsos. Quando fiz isso, não houve desespero ou revolta contra alguma coisa que me incomodava e de que eu quisesse me livrar. O suicídio é sempre uma forma de se libertar de algo que incomoda. Eu não pensei em nada, eu não senti nada. Cortei os pulsos, foi só isso. Perdi muito sangue, escorreguei no chão e ali fiquei. Acordei no Padre Albino: "O que é isso? Eu nunca quis me matar". Eu não admitia a idéia do suicídio. Eu tinha tido um impulso, fui ao banheiro e peguei a lâmina — e, repito, sem consciência do que estava fazendo. Voltei de ônibus, eu e um amigo. Era carnaval, eu vim de pulsos amarrados, mas cantando e pulando dentro do ônibus. O amigo me olhava de olhos arregalados. Em casa, meu pai e minha mãe me esperavam. "Não se preocupem isso não vai se repetir, foi um acidente, eu não quis me matar”. Os olhos de mamãe eu consegui enfrentar, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Papai foi mais difícil: ele me olhava como se estivesse olhando um estranho, não era o filho dele aquele moço com os pulsos amarrados. Mamãe sugeriu que eu ficasse no quarto. Eu insisti: "Vamos almoçar com todos". Quando sentei a mesa, certo silêncio se fez. Todos me olhavam, disfarçando, mas olhando o escândalo que era eu, com os pulsos levantados, encostados no meu peito. Pura exibição. Depois me veio uma idéia mais sólida: fora tudo um ato de teatro, o meu primeiro momento teatral de certa intensidade. O tempo passou e, mais tarde, compreendi que toda essa encenação fazia parte do processo de me libertar. Naquela época, antes da gilete, eu tinha possuído alguém; era o meu amigo, o mesmo que me levou no Padre Albino. Foi bom, muito bom, houve entrega da parte dele; eu, afinal, tive um orgasmo completo. Os problemas começaram logo depois desse momento tão delicado, nós éramos jovens. Ele chorou: "Você agora vai me chamar de fresco, não vai me respeitar mais". Eu, num impulso meio parecido com outros, respondi: "Não, eu amo você, mais do que amava antes". Ele me contou: "Tenho uma mulher mais velha com quem faço amor. Agora com essa nossa relação, não sei não...". E lá veio o drama, as dores. Eu mal tinha acabado de viver aquele instante que parecia perfeito, comecei a conhecer logo os problemas de viver uma relação com outro homem. [...]
Sonhar é bom, acordar que é foda .
Eu sou aquele que o rio não conservou. O homem na forca. Aquele com as veias cortadas, a mulher com a cabeça no fogão a gás. Ontem deixei de me matar. Estou só com meus seios, minhas coxas, meu ventre. Rebento os instrumentos do meu cativeiro - a cadeira, a mesa, a cama. Escancaro as portas para que o vento possa entrar e o mundo gritar.Despedaço a janela. Com as mãos sangrando rasgo as fotografias dos homens que amei e que se serviram de mim na cama, mesa, na cadeira, no chão. Toco fogo na minha prisão. Vou para a rua, vestido em meu sangue.Você quer comer o meu coração?Sem cerimônia. Morda suave com a boca,Um pedacinho seguro por tuas mãos. E, depois dê uma mordida longa.Não, não, não primeiro beije e quando eu menos esperar. Morda com os dentes.Aqui estou. No coração das trevas. Sob o sol da tortura. Rejeito todo o esperma que recebi. Transformo minha saliva em veneno mortal. Sufoco o mundo que pari entre as minhas coxas. Eu o enterro . Viva o ódio, o desprezo, a insurreição, a morte. Quando ela atravessar os vossos dormitórios com facas de carniceiro, conhecerão a verdade.
E quando de fato eu disser toda a verdade e não mais restar dúvidas , estarei apenas relatando uma vida que sempre foi minha mas que nunca me pertenceu .
Tudo termina em desilusão, mas existe beleza ao longo do caminho...
Eu não represento mais nenhum papel, minhas palavras já não me dizem mais nada. Os meus pensamentos sugam o sangue das imagens. O meu drama não se realiza mais.
Eu morri para o mundo.
Eu vou me hospedar sob um nome falso num pequeno hotel . Minha vida será como o quarto , fresco – cheia de sombra fresca e – do murmúrio da chuva . Eu me vestirei de branco , eu nunca serei muito forte nem terei muita energia ,porém depois de algum tempo terei energia suficiente para andar na calçada, para passear na praia sem esforço ... À noite terei um certo lugar para me sentar junto à praia. Eu terei um quarto grande com venezianas na janela. Haverá uma estação de chuva , chuva , chuva . E eu estarei tão cansado de uma vida toda que nem me importarei de ficar apenas ouvindo a chuva. Eu ficarei tão quieto. As rugas desaparecerão do meu rosto. Meus olhos não ficarão mais inflamados. Eu não terei amigos. Eu nem sequer terei conhecidos. Eu nunca olharei um jornal ou escutarei o rádio, eu não terei a menor idéia do que está acontecendo no mundo. Eu não terei consciência da passagem do tempo. Um dia eu olharei no espelho e notarei que meus cabelos começaram a embranquecer e pela primeira vez terei consciência de estar vivendo neste pequeno hotel sob um nome falso, sem amigos ou conhecidos de qualquer tipo. Isto vai me surpreender, mas não me incomodará nem um pouco. Eu ficarei contente que o tempo tenha passado tão facilmente assim. De vez em quando talvez eu vá ao cinema. Sentarei nas filas de trás , com toda a escuridão ao meu redor e ficarei sentada com as pessoas imóveis ao meu lado sem tomarem conhecimento da minha presença . Olhando a tela . Pessoas imaginárias. Pessoas das histórias. Lerei grandes livros e os diários de escritores mortos . Eu me sentirei mais próximo deles do que das pessoas que conheci antes de ter me retirado do mundo. Essa minha amizade com poetas mortos será doce e refrescante, porque não terei que toca-los ou responder suas perguntas. Eles falarão comigo sem esperar minhas respostas. E ficarei sonolento, ouvindo suas vozes explicando os mistérios pra mim. Dormirei com o livro ainda entre os dedos, até que um dia olharei no espelho e verei que meu cabelo ficou branco, completamente branco. Tão branco quanto a espuma das ondas. Passarei as mãos sobre meu corpo e sentirei quanto fiquei leve e magro. Como estarei magro. Quase transparente. Quase irreal. Então , compreenderei , saberei de modo vago, que estava morando neste pequeno hotel, sem nenhuma relação social, responsabilidade, ansiedades ou perturbações de qualquer tipo por quase cinqüenta anos . Meio século. Praticamente uma vida inteira. Nem sequer me lembrarei dos nomes das pessoas que conhecia antes de vir pra cá , nem da sensação de ser alguém esperando por alguém que – talvez não venha- Então saberei , olhando no espelho , que ainda é carnaval , que chegou a hora de me levantar , ir para o banheiro e esperar que você venha me salvar .
Celebremos agora toda essa carne nos nossos ossosDeixe-me te abraçar apertadoE aproveitar cada pedaço de tiEu vejo quem tu és ...
Você vê a mim ? Você vê ?
terça-feira, 27 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Ofélia
Despedaço a janela. Com as mãos sangrando rasgo as fotografias dos homens que amei e que se serviram de mim na cama, mesa, na cadeira, no chão. Toco fogo na minha prisão. Vou para a rua, vestida em meu sangue.Hamlet você quer comer o meu coração?Sem cerimônia.Morda suave com a boca,Um pedacinho seguro por tuas mãosE, depois dê uma mordida longa.Não, não, não primeiro beije e quando eu menos esperar. Morda com os dentes.
Aqui estou. No coração das trevas. Sob o sol da tortura. Rejeito todo o esperma que recebi. Transformo o leite dos meus seios em veneno mortal. Sufoco o mundo que pari entre as minhas coxas. Eu o enterro na minha buceta. Viva o ódio, o desprezo, a insurreição, a morte. Quando ela atravessar os vossos dormitórios com facas de carniceiro, conhecerão a verdade.
(Ophelia, de Heiner Muller)
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Obrigado Nerys !!!
Viva Viva
Os Deuses mandaram avisar que baco abrira seus chacras fazendo com que você possa sugar todos os aromas que trazem purificação
venha com tudo
mostre pra que veio
faça
realize
Evoé a você sempre
grande bjo no coração
muita luz no teu caminho .
Registros 17 /06
Passado o tempo indispensável do luto , estou pronto pra tudo !
Vamos comer que a sorte muda .
Beba de minha água .
Beba de meu vinho .
Coma de minha carne.
Coma de meu bolo de ervas com fubá .
Coma !!! De minha carne , faça um regaço rs
Largado em Campo Largo .
O que sobrou do meu aniversário .
Eu tô mais louca que a mulher -gato !
Vinho + Licor = Jurupinga
É sem ordem , sem nada , tudo junto !
Quando você lembra de um tempo que nunca viveu .
Sem luxo , sem nada
De cara limpa !
sexta-feira, 11 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Fernando Pessoa
E acordar a uma hora da madrugada em desespero
Eis que as tres horas da madrugada acordei e me encontrei
Fui ao encontro de mim
Calma alegre plenitude sem fulminação
Simplesmente eu sou eu vc é vc
è lindo é vasto e vai durar
eu não sei muito bem o que eu vou fazer em seguida mas por enquanto olha para mim e me ama
Não tu olhas pra ti e te ama
é o que está certo !
Clarice Lispector
Memory
Luz do diaVeja o orvalho no girassolE a rosa que se desvanesceRosas murcham a toaComo o girassolEu ansio girarmeu rosto para o alvorecerEstou esperando o dia.Meia-noiteNenhum som do pavimentoA lua perdeu sua memoria?Ela esta sorrindo sozinhaNa luz da lampadaAs folhas murchas aos meus pésE o vento começa a gemerMemóriaTão sozinha no luarEu posso rir dos antigos diasEu ainda era belaEu me lembro dos tempos que sabia o felicidade eraDeixe a memória viver novamenteToda luz de ruaParece piscar avisandoAlguém resmungaE a luz de rua apagaLogo será manhãLuz do diaEu tenho que esperar pelo raiar do solEu tenho que pensar em uma nova vidaE eu não devo desistirQuando amanhecerEssa noite também será uma memóriaE um novo dia começaráAs bordas queimadas de dias esfumaçadosO velho frio cheiro da manhãA luz da rua apaga, outro noite terminaOutro dia amanheceToque-meÉ tão fácil deixar-meTão sozinha com a memóriaDos meus dia de solSe tocar-meVocê entenderá o que felicidade éOlheUm novo dia já começou