sexta-feira, 18 de junho de 2010
Obrigado Nerys !!!
Viva Viva
Os Deuses mandaram avisar que baco abrira seus chacras fazendo com que você possa sugar todos os aromas que trazem purificação
venha com tudo
mostre pra que veio
faça
realize
Evoé a você sempre
grande bjo no coração
muita luz no teu caminho .
Registros 17 /06
Passado o tempo indispensável do luto , estou pronto pra tudo !
Vamos comer que a sorte muda .
Beba de minha água .
Beba de meu vinho .
Coma de minha carne.
Coma de meu bolo de ervas com fubá .
Coma !!! De minha carne , faça um regaço rs
Largado em Campo Largo .
O que sobrou do meu aniversário .
Eu tô mais louca que a mulher -gato !
Vinho + Licor = Jurupinga
É sem ordem , sem nada , tudo junto !
Quando você lembra de um tempo que nunca viveu .
Sem luxo , sem nada
De cara limpa !
sexta-feira, 11 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Fernando Pessoa
E acordar a uma hora da madrugada em desespero
Eis que as tres horas da madrugada acordei e me encontrei
Fui ao encontro de mim
Calma alegre plenitude sem fulminação
Simplesmente eu sou eu vc é vc
è lindo é vasto e vai durar
eu não sei muito bem o que eu vou fazer em seguida mas por enquanto olha para mim e me ama
Não tu olhas pra ti e te ama
é o que está certo !
Clarice Lispector
Memory
Luz do diaVeja o orvalho no girassolE a rosa que se desvanesceRosas murcham a toaComo o girassolEu ansio girarmeu rosto para o alvorecerEstou esperando o dia.Meia-noiteNenhum som do pavimentoA lua perdeu sua memoria?Ela esta sorrindo sozinhaNa luz da lampadaAs folhas murchas aos meus pésE o vento começa a gemerMemóriaTão sozinha no luarEu posso rir dos antigos diasEu ainda era belaEu me lembro dos tempos que sabia o felicidade eraDeixe a memória viver novamenteToda luz de ruaParece piscar avisandoAlguém resmungaE a luz de rua apagaLogo será manhãLuz do diaEu tenho que esperar pelo raiar do solEu tenho que pensar em uma nova vidaE eu não devo desistirQuando amanhecerEssa noite também será uma memóriaE um novo dia começaráAs bordas queimadas de dias esfumaçadosO velho frio cheiro da manhãA luz da rua apaga, outro noite terminaOutro dia amanheceToque-meÉ tão fácil deixar-meTão sozinha com a memóriaDos meus dia de solSe tocar-meVocê entenderá o que felicidade éOlheUm novo dia já começou
E um bando de luz repete o grito
Todas as cores e outras mais
Procriam flores astrais
O verme passeia na lua cheia
Secos e Molhados
You've got style, that's what all the girls say
Satin sheets and luxuries so fine
All your suits are custom made in London
But I've got something that you'll really like
Gonna dress you up in my love
All over, all over
Gonna dress you up in my love
All over your body
Feel the silky touch of my caresses
They will keep you looking so brand new
Let me cover you with velvet kisses
I'll create a look that's made for you
From your head down to your toes
Agora o braço é uma linha, um traço, um rastro espelhado e brilhante.
E todas as figuras são assim: desenhos de luz, agrupamentos de pontos, de partículas, um quadro de impulsos, um processamento de sinais. E assim - dizem - recontam a vida.
Agora retiram de mim a cobertura da carne, escorrem todo o sangue, afinam os ossos em fios luminosos e aí estou, pelo salão, pelas casas, pelas cidades, parecida comigo.
Um rascunho. Um forma nebulosa, feita de luz e sombra.
Como uma estrela.
Agora eu sou uma estrela!"
Elis Regina
Não me digam nada.
Quero eu mesmo levar
na cara os tapas,
socos e ponta-pés da vida.
Antes disso me disseram:
"A vida ensina, nem que seja na marra".
Eu, marrento que sou,
pelo que parece,
escolhi dessa forma.
Pra amaciar a carne.
Pedro Salinas
O Processo Lilás
apagados em algum ponto onde o medo encontra a nostalgia
procuro alguém só pra quebrar um galho e cair das nuvens
comer a fruta proibida no quintal de eva
No corre-corre cotidiano, sinto o gosto de mofo exposto no rosto de todos.
Vejo gênios presos em lâmpadas com seus egos cheios de gás hélio.
Nenhum ombro amigo quando você mais precisa porque na vida real não há coadjuvantes, todos são principais, apenas conservantes e CONSERVADORES.
Toda relação é uma competição: agressividade subliminar, teatro de mau gosto que no meio do furacão separa as aparências do verdadeiro valor.
O protagonista fica só em cena. As luzes acendem e não há ninguém na platéia.
O pequeno lobo desfila na noite vazia vigiado pela lua.
Às vezes o pequeno lobo cai nas próprias armadilhas quando inventa um mundo só dele, perfeito, onde só cabe um personagem.
Talvez um fantasma.
E, como se sabe, o personagem não é criado pelo sonhador.
Todo sonho já foi sonhado e o povo interfere na trama.
O público fere a trama e fere o pequeno lobo.
Não é preciso trocar de fantasia. Não é preciso trocar um deus por outro de nome mais exótico.
O pequeno lobo fareja.
Sente cheiro de sangue, carne, cerveja, cigarro, perfume.Sente cheiro de gente, vulgar, sublime...
E o coelho foge assustado, olhando para sempre no relógio.
Transforma sua dor em doce de leite.
E derrete, derretido e acorda mais vivo.
Como carne. Vermelha, branca ou lilás. Qualquer uma!, menos moela: é que odeio miúdos, miudezas, picuinhas. Meu espírito é épico, mas meu corpo é lírico e limitado. Ninguém perguntou nada, mas eu vou falar. Agora todo mundo pode falar um pouco sobre nada. Confesso que abandono livros e pessoas pela metade e jogo fora o miolo do pão – faço uma bolinha e arremesso!, livros e pessoas pela metade. Confesso que procuro uma Nova Metade: maior que a Primeira e menos cítrica – do tamanho do Céu Laranja confortável e casual com cheiro de erva-doce.
sorriu um sorriso amarelo quase contido quase consigo piscar os olhos tensos suas mãos atadas nos bolsos da calça desbotada peledesabotoada por um impulso quase otimista de quem compra convites antecipados pincela verdades enlatadas vacas atoladas até o pescoço horroroso da vera fisher só ficou o nomea agressividade dos ressentidos com o tempo leva os teletubbies ou terei de ser mais redondo e estupidamente gelado e óbvio como flores sem sair do lugarafirmando incertezas com toda clareza e sofisticação quase coerente quase natural quase original
Metódico & farto de si & cheio de dúvidas & dívidas & sonhos óbvios & frases feitas & gestos comuns & pensamentos circulares – obsessivos (liberdade fechada em si mesma) – era assim que era Eu agora como todo mais-um da face da Terra!, Tenho sorte? Que Eu é mais forte? O Eu linguístico, editado, virtual – ou – o Eu carne-osso, de movimentos desajeitados, humanos? Tem um Deus em cada Eu? Ou tem um Eu em cada Deus Ególatra? Ou dá na mesma? Ou não dá em Nada? Corra!, os Andróides estão entre nós, disfarçados de surfistas de Cristo, vendedores da Avon, representantes da HerbaLife, funcionários sorridentes do Pão de Açúcar, Silvios Santos, Hebes Camargos, Robertos Injustus, Lulas, Serras, Mariahs Careys... Mas Eu não! Eu sou orgânico, espontâneo, lúdico, puro, sutil, viril, modesto e belo. O Andróide é Você.
debaixo de cada tapetede cada sala ausente
enquadro os ossoso grito é de dor e alegria
no gueto estréia um novo espetáculo
de sangue vermelho-sangue de jesus cristo
o sorriso (palavra preferida do autor)é belo e inútil
eterna e feliz paisagem
acordo, grito!, acordo
ARIEL
É mais ou menos isso que acontece quando todos os liquidificadores do mundo batem ao mesmo tempo. Jussara escolhe o seu suco pela cor, beterraba, vermelho-sangue e bebe, triunfante, enquanto escuta uma voz que parece vir do céu.
Jussara se lembra que precisa desligar o gás e dar duas voltas na chave da porta dos fundos. Atingiu um nível de lucidez tão alto que a vida tornou-se um jogo idiota.
Foi deitar-se, serena, esperando os efeitos dos remédios. Desmaiou nas trevas da inconsciência e dormiu morta.
Sonhou com homens nus tomando banho entre cenas dos seus filmes favoritos: Psicose e Poltergeist. O chuveiro, o sangue de chocolate, a tevê fora do ar, a garotinha engolida pela tevê.
Toca o despertador.
Jussara acorda na hora, prepara uma vitamina com um pouco de granola e vai trabalhar.
No silêncio sagrado do metrô, ela vai pensando na vida, no que fazer no seu único dia de folga semanal.
Seu salário acabou. Não vai dar pra visitar o filho que mora com o pai em Diadema, não vai dar pra tomar um vinho barato argentino, não vai dar pra se jogar na Loca.
Não vai dar.
espero o próximo trem para as estrelas
mas quero viajar de primeira classe
no melhor vagão junto com todos os poetas e todas as cantoras
a melhor festa da galáxia
talvez eu convide a sonia braga e a selma light, talvez
todos os anjos terão pulseirinhas vip
santos e deuses não serão convidados
são muito santos e trágicos
não combinam com festa
ah, já ia me esquecendo da elke maravilha e da pequena maisa
que vai precisar de uma autorização especial da justiça
"meu querido, eu sou cantora!"
Alice não sabia dançar.
E eu não sabia dar o peixe nem ensinar a pescar.
Alice vai ser estrela de cinema.
Vai ficar pra sempre no céu com os diamantes.
Um dia, eu vou também, boneco pagão, fantoche, tomar um quentão na quermesse, atirar em patinhos amarelos.
O frio da noite pede cama, pede carne, pede calor.
Pede Alice, pede laços, lagos, luas.
A noite pede aço, pede veludo.A noite...
Pede maçã-do-amor.
Jogo com o tempo
Um jogo cego
O velho prego
Cada vez mais perto
Crises e credos
Impressões mal digeridas
Atrizes mal dirigidas
O jeito é riscar um fósforo
Espiar o horóscopo
Acender uma vela
Pra não se sentir uma peça
De um jogo de damas
À deriva
Entregue aos espinhos da vida
Os artistas, têm licença divina
Como os anjos e os peixes
filtro são joão
água benzida na televisão
a vida é curta
eu só queria um pouco mais de açúcar
cruel-festivo-angelical!
mate-me de cócegas
suba nas minhas costas
grite!
o mais alto que quiser
mate-me de rir
desça do salto se puder
seja!
a minha estrela essa noite
sem máscaras!
sem luz de velas
cem vezes sim
ARIEL
Mas no fundo não estamos sorrindo .
Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade .
Antoine de Saint Exupery
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
(...)
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, como do filho único de Deus.
Toques variados de celulares ...
Alô ?! Não ... tudo bem ...
Você vai vir ? Blz , to te esperando ...
terça-feira, 8 de junho de 2010
BJORK
Abaixo da pele
E dos músculos
Eu vejo quem tu és agora
E quando, mais tarde, envelhecerás
Eu verei o mesmo garoto
A mesma alma
Impassível, calorosa
Amante apaixonada
E após
a frente neste século
Quando eu e tu tivermos nos tornado restos
Celebremos agora toda essa carne nos nossos ossos
Deixe-me te abraçar apertado
E aproveitar cada pedaço de ti
Eu vejo quem tu és ...
Queen Bohemian Rhapsody Lyrics
Isso é a vida real? Isso é só fantasia?
Depoimento Sérgio Britto
O suicídio é sempre uma forma de se libertar de algo que incomoda. Eu não pensei em nada, eu não senti nada. Cortei os pulsos, foi só isso. Perdi muito sangue, escorreguei no chão e ali fiquei, até que o meu amigo, a minha primeira paixão, chegou para me levar à praia.
Acordei no Miguel Couto: "O que é isso? Eu nunca quis me matar". Eu não admitia a ideia do suicídio. Eu tinha tido um impulso, fui ao banheiro e peguei a lâmina — e, repito, sem consciência do que estava fazendo.
Voltamos de bonde, eu e o amigo. Era Carnaval, eu vim, de pulsos amarrados, mas cantando e pulando dentro do bagageiro do bonde. O amigo me olhava de olhos arregalados. No hotel, meu pai e minha mãe me esperavam. "Não se preocupem, isso não vai se repetir, foi um acidente, eu não quis me matar".
Os olhos de mamãe eu consegui enfrentar, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Papai foi mais difícil: ele me olhava como se estivesse olhando um estranho, não era o filho dele aquele moço com os pulsos amarrados. Mamãe sugeriu que pedíssemos o almoço no quarto. Eu insisti: "Vamos almoçar lá embaixo". Entramos no restaurante do hotel, um certo silêncio se fez. Todos me olhavam, disfarçando, mas olhando o escândalo que era eu, com os pulsos levantados, encostados no meu peito. Pura exibição. Depois me veio uma ideia mais sólida: fora tudo um ato de teatro, o meu primeiro momento teatral de uma certa intensidade.
O tempo passou e, mais tarde, compreendi que toda essa encenação fazia parte do processo de me libertar.
Naquele início de 1946, antes da gilete, eu tinha possuído alguém; era o meu amigo, o mesmo que me levou ao Miguel Couto.
Foi bom, muito bom, houve entrega da parte dele; eu, afinal, tive um orgasmo completo. Os problemas começaram logo depois desse momento tão delicado, nós tínhamos, eu, 22 anos, ele, 21. Ele chorou: "Você agora vai me chamar de fresco, não vai me respeitar mais". Eu, num impulso meio parecido com aquele "quero" de 1945, respondi: "Não, eu amo você, mais do que amava antes". Ele me contou: "Tenho uma mulher mais velha com quem faço amor. Agora com essa nossa relação, não sei não...". E lá veio o drama, as dores do homossexual. Eu mal tinha acabado de viver aquele instante que parecia perfeito, comecei a conhecer logo os problemas de viver uma relação com outro homem. [...]