domingo, 15 de julho de 2012

AC BLANCHE :

BLANCHE ! ,

Pensei em escrever desde que terminou nosso ensaio , antes mesmo de terminar já tinha vontade de registrar o muito mais de uma hora que falamos .
Pensei em parabenizá-los mais uma vez pelo andam fazendo , em reafirmar algumas impressões ou ser mais pontual com alguns que demonstram mais dúvidas e menos sorrisos .
Não penso que se deva sorrir o tempo todo (exceto Mayara ) , creio nas nuances de uma personagem e no trabalho que se auto explica diariamente , onde respostas surgem conforme perguntadas .
Pensei em que escrever talvez o que vocês precisassem ler depois de muito escutar , mais de uma hora como já disse e reafirmo : muito bom o que cada um vem trazendo para cá .
Acabei selecionando algumas coisas que senti vontade de compartilhar , talvez nem pela primeira vez , são coisas que leio , algumas já publiquei vez ou outra , mas coisas que me ficam, como outras que chegam e me despertam .
Pensei ser bom lembrar o quanto tudo o que fazemos é capaz de modificar , transformar . Criamos um estado de energia onde a comunicação é lírica e explícita . Somos capazes de despir uma personagem com base em pesquisa e experimento,  na frente das pessoas em tempo real , fazer com que um público leia de diversas formas as diversas facetas de uma mesma BLANCHE !
Isso é BELO e acontece de uma forma boa , BLANCHE ! não pretende incomodar , pelo contrário deseja agradar para ficar mais tempo e tirar o melhor proveito daquela situação .
Belo como instaura sensações a partir de imagens que se desdobram , com evidente pesquisa mas aberta a ganhar cada vez mais sintonia . Estamos performando , somando , ganhando , gerundiando e pensando em coisas boas , logo chego lá , mas lembro bem de ter falado de como não adianta se esconder , que na manifestação artística somos monstros de tão grandes , com um corpo e rosto no mínimo cinco vezes maiores que o normal  .
Esqueça qualquer pensamento ruim pois você está sendo visto e isso pode parecer uma loucura ,mas não existem máscaras que escondam o que você é de verdade , não importa quão lindo seja seu belo vestido , ou quão bem você controla uma situação , você está sendo visto ! Parece loucura mas quando começa faz tudo ter sentido .
Jack Kerouac escreveu : “Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam. “
Sinto em momentos um desejo enorme de mudança , sinto as vezes o poder e as vezes a ditadura , sinto amarras , mas volto a sentir o cheiro bom , sinto BLANCHE ! sinto louco , leio isso e me sinto em casa .
Tenho o desejo de transformação e acredito nisso , no artista como um comunicador de movimentos , de respirações e verdades , capaz de modificar o ambiente em que se apresenta , e com esse pensamento usar mais ambientes, em mais momentos e transformar mais , e mais e os menos prováveis .
Penso no doar , pintar um belo quadro numa paisagem bela em sua decadência , que nossa pesquisa seja boa e que mantenha viva a beleza , que sejamos anjos num poleiro de luz , fazedores de arte para todos e para nós !
Fujamos sempre de alguns pensamentos como da ignorância .
Penso que é necessário manter acesa a chama do desejo de transformação , que parta de você , uma mudança tão grande , que nasça em você durante suas criações .
Mantenham suas mentes criativas e alegres para assim entrar num poço que sugere criação , onde você tem a oportunidade de se agarrar nesse texto bem escrito , nas características de uma personagem tão significativa e referências que naturalmente estão te transformando numa pessoa melhor .
Tudo parte do desejo , como o nome do Bonde .
Ontem revi aquele documentário NOVIEMBRE , acredito que nem todos vocês viram , é um filme que recomendo para todo aquele que tem vontade de manifestar diante da vida , diante de si .
De novo o Alfredo me emocionou na cena em que diz : “ Quero fazer teatro , porque quero fazer algo por mim e pelos outros . Fazer teatro para que sirva de comunicação entre os seres humanos . Porque acredito ser um caminho até o entendimento e a compreensão . Por isso . Eu adoraria mudar essa merda de mundo e acredito que ele ainda pode ser mudado .”
Desejo , loucura , Keourac , Alfredo , tudo tão forte , belo , BLANCHE !
Me questiono diariamente sobre o que estamos fazendo , mas é algo que me mantém vivo , firme e certo de que não se trata de uma batalha de egos e melindres e sim , descoberta e transformação .
Estejamos prontos , despidos e lindos nas suas diferenças . Estamos trabalhando entre homens, bicho que ainda busca evolução , não se esqueçam da beleza de suas diferenças , mantenham-se humanos e humildes , com olhos brilhantes e cabeça fervilhante no desejo de experimentar .
Me sinto bem com vocês , incrível o exercício de ver pensamentos , ideias se transformarem em movimentos diante dos meus olhos com tanta beleza . Sinto o mesmo que vocês atrás daquela câmera . Me sinto grato ao teatro e aos que o encaram , sem medo , fraqueza , chilique , arrogância , porque pra certas coisas agente diz não ! E outras ainda me fazem dizer “ Eu gosto disso ! “
Filtremos nossos pensamentos e encaremos uma pesquisa com algo que acrescente em nossas vidas , Pessoas melhores , atores melhores e vice versa . Um bloco forte , um cortejo que sabe a que veio , com respeito entre nós e ouvindo nossos apitos .
Senão dá merda ! Digo isso com nenhuma base além da minha experiência e a partir dela que quero mudar , e vocês com o material humano que tanto conversamos desde o início .
Estamos caminhando , mostrando a cara , dando vida a uma ideia , só mais um passo , um de cada vez , vocês todos ( sem exceção ) estão respondendo muito bem as conversas que estamos tendo e meu desejo permanece como o compromisso assumido com cada um de fazermos o melhor experimento de nossas vidas naquele momento .
Continuem contando comigo , que eu estou com vocês , e continuemos contando com nossa sensibilidade .
“Penso que o ódio é um sentimento que só pode existir na ausência da inteligência. Os bons médicos não odeiam os seus doentes.” - E sempre haverá Tennessee Williams , em todas suas dúvidas e comemorações .
Pensei no que escrever pra vocês e no que talvez vocês precisassem ler .
É lindo o que se mostra de forma linda .
Aproveitem o Festival , comparem , comentem , questionem em busca de si . Bora achar tua turma BLANCHE ! Pensa que pode ficar dissimulando até quando ?
Despertem SENSAÇÕES – BOAS !
Um bom processo a partir de agora , um processo como resultado que continua se auto explicando e eu cada vez mais louco pra entender , mesmo sabendo que viver supera qualquer entendimento .
Com muito , mais muito carinho mesmo . Incrível a relação que se estabelece . 

Murilo 

Termino isso às 02:33 de 04/07/2012 , depois de Blanchear sozinho com a cabeça em Cássio , Cris , Karine , Mayara , Miltinho , Paulo , Rapha , Rosalina e no querido André .


segunda-feira, 2 de julho de 2012

SHE IS SO BLANCHE !









E depois de algum tempo sem escrever , surgem os primeiros registros de tudo o que foi feito . Na verdade sempre é feito muito mais ... são coisas que nos deixam de coração quente , faz com que eu me sinta vivo da cabeça aos pés , me tira o sono e me faz continuar a descobrir mais dessa mulher , BLANCHE !
Dessa vez o exercício foi ocupar o VILA AURORA BAR e ocupamos . Depois disso o videasta Jef Telles que já tinha me proposto um jogo antecipadamente , pegou sua câmera e durante algumas horas brincou de captar BLANCHE ! para seu curta metragem . Esse curta deve ser lançado na segunda quinzena de julho e nós curtimos muito essa nova experiência numa terça - feira (19/06) muito produtiva . Enquanto me confundo entre eu , nós e ela , brinco de ser sério e levo a sério a brincadeira .







Os ensaios continuam . Estamos nos preparando para uma performada - mais uma em busca de repertório - durante o FIT ( Festival Internacional de Teatro ) .BLANCHE ! já confirmou presença na festa " Cultura Pouca é Bobagem " , mas preferiu dar uma esquentadinha na SEDA ( Semana de Audiovisual ) e acima estão as imagens de mais esse experimento .Foi no dia 29/06 na Fábrica de Sonhos - Espaço de Arte e despertou sensações em mim e nos que estavam ali presentes . A vida segue e nós também , em breve novos registros e beijos pra quem me lê ! 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

A CANTORA CARECA - Para Nossa Alegria !




Hoje fui  ver  teatro  ,  Teatro !
Cheguei cedo  , os vi no palco ,  no meio de um cenário lindo , feito por uma das atrizes , Lídia dos Santos, que conheci em São Paulo no Encontro Ademar Guerra , já sabia que ela fazia arte com material reciclável , mas não tinha visto seu trabalho tão lindo e tão vivo , num espetáculo onde essa artista se  revela .
Em Mirassolândia , cidade que comemora a semana do seu aniversário com uma programação artística bem diversificada e que espera  o terço na igreja acabar para iniciar a apresentação ,  na expectativa de um público maior . Uma hora depois  e terço acabado a porta do clube se abriu e eu entrei agora para vê-los em cena .
Me senti mau no começo , no palco uma imagem linda sem propósito , onde os atores  conversavam “disfarçadamente “ como se eu não os pudesse ver , e não era proposta,  era ruim , ao mesmo tempo  um chá sem açúcar era servido e tirava caretas do público na entrada  , uma boa ideia feita com timidez , realmente fiquei triste pois via figurinos  , maquiagem , cenário ,marca inicial , tudo lindo e  perdido antes mesmo deles abrirem a boca por  falta de energia e concentração .
Surgem então  movimentos ao som de Amy Winehouse , novamente uma boa ideia mau executada , e assim segue , marcas interessantes , tudo lindo , mas não me despertam sensações  , um quadro lindo pendurado na parede , apenas  ( alguns quadros me contam muito, mais que muitos espetáculos ).
Sabia que era uma segunda apresentação depois da estreia na cidade do grupo , Batatais .
Aí me vem novas questões : Que maravilha um grupo de uma cidade no interior  fazer um espetáculo com um cuidado estético  evidente ,  uma proposta quase que ousada ,  ali na minha frente . Me lembrei do Projeto Ademar Guerra , me veio imagens de todo um ano de pesquisa , trabalho e processo  .
Sinto que muito foi idealizado por uma mão que pode determinar ao elenco algo sem ao menos permitir que eles respirarem , eles também não se permitem , mas sem ao menos parar para ver o que está sendo feito  , apenas cumprem , isso eles fazem , cumprem , mas não me chega , fica na moldura .
Será meu Deus que estou sendo muito crítico ? Lembrei também de quando ia ao teatro e tudo o que via me emocionava , só pelo fato de ser  teatro , mas hoje está tudo tão diferente , a maioria do que vejo eu não gosto , vejo defeitos e formas melhores de  fazer ,  mas melhor pra quem ? pra mim ? o que as pessoas querem ver ? o que quero fazer ? pra quem ?
O grupo faz o que quer e de uma forma legal , mas certas coisas o Zorra Total já faz , pra que repetir isso então ?
Pensei em tanta coisa , afinal como espetáculo não me pegava ,me senti no direito de pensar  . Mesmo com as atrizes se esforçando , hora ou outra alguma coisa engraçada aparecendo  - como uma criança pedindo teta com um corpo bem resolvido , a Lídia que me surpreendendo  com seu texto literalmente cantado , mas isso não bastava , não era o suficiente ,estava chato .
Conversei sobre isso no último encontro com nosso orientador , na separação do  teatro entre chato e não chato , mas sempre fico em dúvida se posso fazer isso , se não estou determinando ou defendendo algo que somente eu acredito , mas se eu acredito já tenho motivos para defender , não é mesmo ? Enfim , o que é certo ou não , se é ou  não chato  , senão para mim ?
De repente uma figura entra pela plateia , me tira o cansaço , causado também por um não plano de luz - acho que o grupo não se preocupou com isso ainda , era feito algo como se queria por alguém que experimentava a partir do que via , mas não colaborava , a luz era errada ( novamente repito – para mim )-   , o som também mau operado . Esses recursos devem colaborar e não atrapalhar o que já é difícil de fazer , mas uma empregada entrou em cena e me fez acordar , ela gritava , era uma figura muito interessante , eu gostava , mesmo ela dizendo um texto daquela forma , me parecia também errado , mas ela fazia o que queria naquele momento e eu comaçava a gostar , em seguida estavam todos sentados , apenas essa empregada que conduzia  outra boa ideia desta vez muito bem executada , eles se mostravam seguros , pondo em prática uma ideia onde todos se divertiam  , vozes , movimentos , sem preocupação em acertar uma marca , relaxado , verdadeiro , engraçado , enquanto se servia um chá sem açúcar ...  Ai meu Deus !!! Me pegou !!! Que bom ,eu não sou tão ruim e exigente assim !!!
E assim seguiu , mais interessante , mais ainda mostrando muita deficiência em coisas amadoras , sim o Projeto Ademar Guerra e o teatro amador , mas eu não posso chamar aquilo de amador , tem tanta beleza , referência , bom gosto , um bom caminho , e parece estar sendo feito com muito amor . Não ! Erros amadores sim , saídas inacabadas , seres humanos se mostrando , abandonando completamente suas personagens antes de chegar nas coxias , figuras paradas criando vida em momentos errados , saindo de cena , pensando não poder ser visto , saindo de um quadro , indo até o camarim fazer sei lá o que , voltando e saindo de novo enquanto uma cena rolava na frente . Não ! EU TE VI !!! Fui lá te ver , você tava em cena e no palco você fica ENORME e me mostra exatamente o que você é , não acredite que você pode se esconder assim tão facilmente .
Coisas boas apareciam , soltas no meio de tantas ideias boas e aí ... termina , sem parecer , sem se finalizar .
Lembrei de alguém que me disse : Um bom espetáculo tem uma boa cena no começo e um grande final . E quando se tem  um começo ruim , um meio interessante e um final ruim ? Não gostei !
Quando terminou escutei na coxia vidros caindo e quebrando , imaginei a bandeja com as xícaras de chá no chão , pensei  talvez fazer parte da cena , mas percebi que não quando a atriz volta para os aplausos com os olhos vermelhos segurando um choro que eu particularmente não teria força para segurar . Naquele momento vi muita beleza , mais ainda quando percebi que a Lidia dividia a mesma sensação e se segurava pra não soltar as lágrimas e as feras de alguém que tava o tempo todo em cena dando duro , tentando fazer bonito e fazer o que se preparou pra fazer , enquanto eu critico tudo ,acho tudo errado . O que está acontecendo comigo ? Só naquele momento sensações verdadeiras chegaram até mim e me senti bem com isso , depois de muito me sentir mau em assistir algo criticando tudo .
Sem dúvida foi esse o momento mais lindo , eles não me agradaram mas tentaram , tava ali estampado no rosto das meninas que talvez desastradamente quebraram tudo ao enfim sair de cena, depois de quase uma hora , mas penso que apenas tentar não é o suficiente .
Terminou , aplaudi , de pé , como artista que também sou ,com respeito , mas não tive vontade de conversar com o grupo depois , estava me sentindo mau por achar tanta coisa ruim.
Senhores do grupo:  escrevo isso como um exercício meu , onde busco expressar minhas sensações a partir do que vejo , entender o que essa arte me traz através das diversas pessoas que se propõem fazer . Não tenho como objetivo criticá-los e nem me tornar um crítico de teatro , apenas gostaria que soubessem caso leiam isso , que também estou em processo e diariamente penso muito nisso , acho muito difícil o que estou fazendo , prazeroso  mas difícil , exige rigor , preparo , doação , cumplicidade e coisas que busco mas ainda nem conheço . Percebo neste espetáculo um ano de trabalho bem aproveitado na busca de linguagem , de uma cara para  se contar este texto , de boas escolhas estéticas , em levantar um espetáculo ,numa adaptação repleta de boas sacadas “ Para nossa alegria “, mas sinto que muito ainda pode ser feito , em jogos para deixá-los a vontade no meio de tantas marcas .Que vocês consigam fazer isso respirando e essa respiração pode ser a solução para todos os problemas que aqui falei , não se esqueçam que estão em cena , e eu te vejo moço do texto não decorado que se atreve a abrir a boca num texto dado em coro , te vejo moça displicente que insistem em mexer no colar desesperadamente enquanto sua amiga se mata para chamar minha atenção na cena dela , os vejo , mesmo com uma luz mau operada e mesmo com um cenário lindo eu os vejo , pois saí de casa para isso , para vê-los para ver TEATRO e concluo  que o ator é o teatro  . No carro voltando pra casa eu pensei  : prefiro teatro feito de calça e camiseta mas vivo !
Amanhã pretendo levar meu grupo para ver um espetáculo para crianças feito por uma galera cheia de  verdade  latejando  nos olhos e que toca minha pele o tempo todo . “Apolo , Sir Gaia , Chuvisco e agora Madame Popo “  , é maravilhoso, mas amanhã quem sabe eu também fale desta experiência , já os vi em outra ocasião e fiquei muito feliz em ver essa turma que também recebeu orientação pelo Projeto Ademar Guerra fazendo lindo na minha cidade .
Hoje eu fico com “ A Cantora Careca “ do grupo Todas Tribos de Batatais , uma cidade de pouco mais de 56 mil habitantes , um grupo que realmente espero que não se preocupe com o que eu penso , ou em acertar mas que não deixe de fazer melhor e com compromisso .
Agradeço o Projeto Ademar Guerra por me proporcionar esse momento,  tanto por mandar esses grupos para essas cidades em  circulação ,  mas também e muito por me mandar quinzenalmente uma pessoa de teatro , um cara que está me fazendo pensar muito e me cobrar como artista diariamente , e meu grupo ,que naturalmente se forma e  me fazem sentir vivo , com desejo de experimentar , descobrir , fazer , do jeito que estamos afim de fazer , da forma que é real pra mim neste momento .
Aos que me leem ( se é que existem ) ,  fiquem a vontade para que talvez seja  esse o longo começo de uma boa conversa , mas por favor antes de qualquer palavra : Não sejam mentirosos de si !

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Bloco da BLANCHE !








Registros do passeio que BLANCHE ! resolveu dar durante a Virada Cultural de Rio Preto . 
Ela foi de busão e foi lindo . 
Nas mais que belas fotos de Nathalie Gingold estão Milton Verderi , Ella França , Karine Conchal , Paulo Lemon , Mayara Mendes e esse que vos escreve mesmo sem saber se alguém me lê .

Ensaio


Me parece que todas as cenas são insucessos na vida da nossa personagem .
Momentos soltos , costurados no tempo , uma realidade inventada , como o amor de Cazuza .
Te vejo bela na janela de um casarão , sangrando no banheiro de uma boite , alucinada numa pista de dança e num pequeno palco cantando "Maybe this time" para um grupo não muito numeroso de homens e seus cigarros .
Vejo tristeza , ilusão , sorrisos que escondem e olhos que mostram tudo . Teus passos na passarela , uma imagem descolada de sua moldura , te vejo em mim .
No silêncio ,no escuro e na mais forte luz recortada num elipsoidal .
Não encontro suas fotos , mas guardo cartas de amor amareladas pelo tempo , cartas mentirosas escritas por suas mãos cada vez mais envelhecidas .
Uma diva perdida no meio de Divas que marcaram época enquanto me pergunto qual tua época , vai procurar tua turma BLANCHE !
Desculpe , devo ter perdido a cabeça por algum momento .
Te encontro às 15h naquele mesmo quintal , quero saber mais de você Srta Dubois .

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Vá pra RUA BLANCHE !


BLANCHE ! dá continuidade ao processo de pesquisa permanente do GRUPO DE APOIO A LOUCURA , sobre Tennessee Williams , sua vida ,  obra e o  verdadeiro estado em que se encontram as  personagens de um dos maiores autores do século XX .

A identificação com esse universo ,  e os subtextos deixados em seus textos   , intriga o grupo desde algum tempo . 

Experimentamos diversas  formas de se contar Tennessee por ele mesmo e descobrimos sentimentos consideráveis em cena .

É escolhido nesse momento " Um bonde chamado desejo " ,  estamos aos poucos  desvendandando os segredos de Blanche , a misteriosa protagonista dessa história.

BLANCHE é um experimento com referências performáticas , um processo em processo , que conta com a participação do Projeto Ademar Guerra . 

Novos caminhos certamente surgirão e é exatamente o que o grupo busca , queremos conhecer mais , ir mais fundo no mergulho em que nos propomos , assim cada vez mais saberemos os verdadeiros segredos  da Blanche que existe em cada um de nós .




" Não quero realismo . Eu quero magia . Sim , sim , magia . É o que eu tento das às pessoas . Não digo a verdade , digo o que deveria ser verdade . E se isso é pecado , que eu seja amaldiçoada para sempre . "
( Blanche Dubois )

domingo, 15 de abril de 2012

NAVE NAVE NOVAS


Tentarei ser breve o que já é um exercício .
Desde a última postagem muita coisa aconteceu e concluo que o teatro continua me intrigando  , vez mais  , e esses questionamentos que noiam, são os mesmos que proporcionam momentos de pleno prazer .
Não faço teatro com um único objetivo , são muitos , são tantos e são bons .
Aprendi que toda expressão encontrará em si sua pertinente comunicação , que o limite nunca é bom e sigo aberto  , só não me peça para ficar parado .
Foram duas apresentações de CONDENADA ! ( São José dos Campos e Rio Preto ) , o processo BLANCHE e a primeira visita do provocador André de Araújo , dias de conversas sobre o que estamos fazendo e depois de muito pensar e falar simplesmente continuamos fazendo.
Esse que escreve ( sem saber pra quem )  é  bem grato por esse momento e sempre grato ao teatro . Continuarei os registros do processo em processo que sou , que somos e que juntos desfrutaremos de belas imagens ...  Feliz por me sentir vivo e capaz de fazer , despertar e EXPERIMENTAR !
Para os mais curiosos (se é que eles existem ) seguem os link dos canais que criei no Facebook para facilitar  a divulgação e comunicação e me manter só mais um pouco ocupado :
Vou que vou , Blanche que sou fazendo magia , “ Yes, Yes , Magia ! É isso que tento dar às pessoas “ , fica o desejo de uma boa semana e a imagem favorita de Tennessee Williams , Nave Nave Mahana - Gauguin . Evoé , e voar ? E voemos !!!


sexta-feira, 30 de março de 2012

CELEBREMOS !!!

E me preparo para a apresentação de CONDENADA ! amanhã em São José dos Campos .
Essa apresentação vem em um bom momento , estou ansioso por fazê-la e muito feliz por ser em uma cidade onde conheci queridas pessoas . Será um prazer ter gente tão especial na platéia .
Me preparo também para receber o presente que recebi do Projeto Ademar Guerra , André de Araújo fará a orientação do nosso bebê  "BLANCHE!" . Esse talento dispensa adjetivos , é maravilhoso perceber que nossas idéias se encontram e que juntos faremos um belo trabalho .
E para que não falte motivos de comemoração : 75 anos de Zé Celso , uma das figuras mais importantes do nosso Teatro . CELEBREMOS !!!
Celebremos então toda essa carne em nossos ossos !!!! Esse desejo que nos move !!! Celebremos aos novos encontros e as velhas parcerias  !!! Celebremos ZÉ !!!  Celebremos o TEATRO E A VIDA !!!




Nas fotos :   CONDENADA ! , 1º Contato com André e o nosso aniversariante ,  Zé . EVOÉ !

terça-feira, 27 de março de 2012

DIA MUNDIAL DO TEATRO


Penso ser esse artigo lido hoje em ensaio,  bem apropriado para o momento :

"A Catástrofe do Sucesso"  por Tennessee Williams


(Publicado pela primeira vez no New York Times, mais tarde reproduzido na revista Story)


Este inverno assinalou o terceiro aniversário da estréia, em Chicago, de À margem da vida, um evento que pôs término a uma parte de minha vida e começou outra tão diferente da precedente em todas as circunstâncias externas quanto será fácil imaginar. Fui arrancado do meu quase anonimato e atirado aos píncaros de uma fama repentina e, do precário aluguel de quartos mobiliados em várias regiões do país, fui trasladado para um apartamento de um hotel de primeira classe em Manhattan. Minha experiência não foi única, pois o sucesso muitas vezes já irrompeu, da mesma forma abrupta, na vida de muitos americanos. A história de Cinderela é nosso mito nacional favorito, a pedra fundamental da indústria cinematográfica, senão a própria Democracia.

Eu já a vira representada na tela tantas vezes que estava agora inclinado a recebê-la com um bocejo de enfado, não com descrença mas com a atitude de quem desse de ombros, exclamando: "Que bem me importa!". Qualquer pessoa dotada de dentes e cabelos tão lindos, como a protagonista cinematográfica de tal história, tinha, por força, que se divertir a valer, fosse como fosse. Você podia apostar seu último dólar e todo o chá da China em que aquela estrela nunca seria vista, viva ou morta, em qualquer tipo de reunião que exigisse um mínimo de consciência social.

Não, minha experiência não era exepcional, mas por outro lado não era tampouco comum e caso você esteja disposto a aceitar a tese um tanto eclética de que eu não escrevera tendo em mente tal experiência - e há muita gente não disposta a crer que um dramaturgo possa estar interessado em outra coisa que não seja o sucesso popular - talvez haja ceta razão para compararmos estas duas fases de minha vida.

A vida que eu levara antes de atingir esse sucesso de público era do tipo que exigia resistência e tenacidade, que me fazia agarrar-me à superfície cheia de arestas que me feriam e me obrigavam a prender-me firmemente, com unhas e dentes, a cada centímetro de pedra colocado mais alto que o precedente - mas era uma vida substancialmente boa porque era do tipo para o qual o organismo humano é criado. Eu sou me dei conta de quanta energia vital eu desprendera naquela luta quando esta cessou. Encontrei-me então num planalto, com meus braços ainda se agitando no ar e meus pulmões sorvendo sofregamente um ar que já não oferecia resistência. Isto era a segurança, afinal.

Sentei-me e olhei ao meu redor e de repente me senti muito deprimido. Pensei comigo mesmo: não é nada, é só o período de adaptação. Amanhã de manhã, acordarei neste hotel de luxo, pairando sobre o ruído discreto que sobe de um bulevar dos quarteirões elegantes do East Side e então apreciarei seu requinte e mergulharei em seu conforto, consciente de que cheguei ao nosso conceito americano do Olimpo. Amanhã de manhã, quando eu olhar para este sofá de cetim verde, me apaixonarei por ele. É só agora, temporariamente, que aquele cetim verde me dá a impressão de limo em água estagnada.

Mas na manhã seguinte o sofazinho inofensivo parecia ainda mais repugnante do que na noite anterior e eu já começava a engordar demais para usar o terno de 125 dólares que um conhecido elegante escolhera para mim. Na suíte que eu ocupava, objetos começaram a quebrar-se acidentalmente. Um braço saiu do sofá. Queimaduras de cigarro apareciam na superfície brilhante dos móveis. Eu deixava as janelas abertas e uma vez uma chuvarada inundou a suíte. Mas a empregada sempre endireitava tudo e a paciência do gerente do hotel era inextinguível. Só uma bomba de demolição, parecia-me, podia incomodar meus vizinhos.

Eu recebia minhas refeições no apartamento. Mas também isto também tinha seu quê de desencanto. No tempo que decorria entre o momento que eu escolhia o jantar pelo telefone e o momento em que ele entrava em meu quarto num carrinho, como um cadáver transportado numa mesa de rodas de borracha, eu perdia todo o interesse por ele. Um vez pedi um bife de filé e um sundae de chocolate, mas tudo estava disfarçado tão habilmente na mesa que confundi a cobertura de chocolate com o molho da carne e a derramei sobre o bife.

É claro que tudo isto era só o aspecto mais trivial de um deslocamento espiritual que começou a manifestar-se de formas muito mais perturbadoras. Logo notei que comecei a ficar indiferente às pessoas. Senti-me presa de uma onda de cinismo. As conversas que eu ouvia me pareciam todas gravadas há muitos anos e tocadas de novo num toca-discos. Parecia que a sinceridade e a bondade tinham desaparecido da voz dos meus amigos. Suspeitei que fossem hipócritas. Parei de telefonar-lhes, parei de vê-los. Não tinha mais paciência com o que me parecia ser os sintomas de uma adulação idiota.

Fiquei tão saturado de ouvir gente dizer "adorei sua peça!" que já nem podia mais agradecer. Eu me engasgava com aquelas palavras e virava as costas grosseiramente à pessoa geralmente sincera que as dissera. Já não sentia orgulho pela peça em si, ao contrário, comecei a enjoar dela, talvez porque me sentia demasiado morto por dentro para poder escrever outra. Eu caminhava como um zumbi, um morto conduzido pelos seus próprios pés. Sabia disso mas não contava então com amigos em quem confiasse o suficiente para levá-los para um canto e contar-lhes o que me estava acontecendo.

Esta situação estranha persistiu durante três meses, até quase fins da primavera, quando decidi submeter-me a outra operação na vista, principalmente devido ao pretexto que ela me oferecia de retirar-me do mundo detrás de uma máscara de gaze. Era já minha quarta operação na vista e talvez eu deva explicar que eu sofria há uns cinco anos de uma catarata no olho esquerdo que exigia uma série de operações torturantes e finalmente uma operação no músculo do olho (ainda tenho esse olho, agradeço).

Bem, a máscara de gaze teve sua serventia. Enquanto eu estava repousando no hospital, os amigos, que abandonara ou insultara de uma forma ou de outra, começaram a visitar-me e agora que eu jazia em meio à escuridão e às dores, suas vozes pareciam ter mudado. Ou melhor: aquela mutação desagradável, que eu suspeitara antes, desaparecera no presente e elas soavam agora como sempre nos dias saudosos de minha obscuridade perdida. Novamente eu as reconhecia como sendo vozes sinceras e bondosas, animadas por um tom inconfundível de verdade e pela virtude da compreensão que me fizera buscá-las desde o início.

No tocante à minha visão física, essa última operação tinha tido resultados só relativamente bons (embora me tivesse deixado com uma pupila aparentemente preta na posição devida ou quase) mas em outro sntido, figurado, da palavra, ela servira a um propósito muito mais profundo. Quando foi retirada a máscara de gaze, encontrei-me readaptado ao mundo. Deixei o apartamento elegante do hotel de luxo, guardei na mala meus papéis e alguns pertences e parti para o México, um país telúrico em que se podem esquecer rapidamente as falsas dignidades e as vaidades impostas pelo sucesso, um país em que vagabundos inocentes como crianças enrolam-se para dormir nas calçadas e as vozes humanas, principalmente quando a linguagem em que falam não é familiar aos nossos ouvidos, parecem-nos suaves como o gorjeio dos pássaros. Meu "eu" público, aquele artifício de espelhos sobrepostos, não existia aqui, e, portanto, eu voltava a meu "eu" natural.

Depois, como um ato final de restauração espiritual, permaneci durante algum tempo em Chapala, para trabalhar numa peça chamada A partida de pôquer, que se tornaria mais tarde Um bonde chamado desejo. É só no seu trabalho que um artista pode encontrar a realidade e a satisfação, pois o mundo ambiente, real, é menos intenso que o mundo de sua invenção e consequentemente sua vida, sem recorrer a desordens violentas, não lhe parece muito importante. A condição verdadeira de vida para um artista, é aquela em que seu trabalho é não só conveniente mas também inevitável.

Para mim, um lugar conveniente para trabalhar é um lugar distante, em meio a estranhos, onde eu possa dar umas braçadas. Mas a vida deve exigir um mínimo de esforço de nossa parte. Você não deve ter gente demais a servi-lo, ao contrário: você devia fazer sozinho a maioria das coisas. O serviço oferecido pelos hotéis é embaraçoso. As empregadas, os garçons, os boys e os porteiros etc. são as pessoas mais embaraçosas do mundo porque continuamente estão a recordar-nos as iniquidades que nós aceitamos como coisas certas.

O quadro de uma velhinha ofegante que carrega com enorme esforço um balde pesado d'água por um corredor de hotel para limpar a imundice de um hóspede bêbado e cheio de privilégios sociais é um quadro que me faz ficar doente e oprime meu coração, fazendo-o murchar de vergonha deste mundo, em que essa situação é não só tolerada mas considerada a prova dos nove de que o mecanismo da Democracia está funcionando devidamente, sem interferência de cima ou de baixo. Ninguém deveria ter que limpar a imundice de outrem neste mundo. É intoleravelmente horrível para ambas as pessoas, mas talvez pior ainda para quem recebe esse tipo de serviço.

Fui tão corrompido quanto qualquer outra pessoa pelo número vastíssimo de serviços humilhantes que nossa sociedade se acostumou a esperar e do qual ela depende. Mas nós devíamos fazer tudo por nós mesmos ou deixar que as máquinas o fizessem por nós, a gloriosa tecnologia que garante ser o facho de luz do mundo futuro. Somos como um homem que comprou uma quantidade enorme de equipamento para acampar, que tem a canoa e a barraca, as linhas de pescar e o machado, os fuzis, os lençóis e os cobertores mas que agora, que todos os preparativos e providências estão empilhados, por mão de perito, uns sobre os outros, sente-se de repente demasiado tímido para inicar a jornada e fica-se onde estava ontem e antes de ontem e antes e antes, olhando com desconfiança, através das cortinas de renda branca, para o céu claro de que se suspeita.

Nossa grandiosa tecnologia é uma oportunidade, que Deus nos enviou, para gozarmos da aventura e do progresso que temos medo de arriscar. Nossas idéias e nossos ideais continuam sendo exatamente os mesmos, no mesmo ponto em que os deixamos, três séculos atrás. Não, desculpe! Já ninguém mais se sente seguro bastante para sequer afirmá-los! - esta foi uma digressão longa, partida de um tema pequeno para um imenso, que eu não tinha intenção, originalmente, de fazer, por isso voltemos ao que eu estava dizendo antes.

O que venho afirmando é uma simplificação extrema. Ninguém escapa assim tão facilmente da sedução de uma maneira de viver sibarítica. Você não pode arbitrariamente dizer a si mesmo, de um momento para o outro: agora vou continuar minha vida como ela era antes de esta coisa, o Sucesso, me acontecer. Mas logo que você aprender a vacuidade de uma vida sem lutas, você estará equipado com os meios básicos de salvação. Logo que você souber que isto é verdade, que o coração do ser humano, seu corpo e seu cérebro são forjados numa fornalha de brasas vivas especificamente para o propósito do conflito, do choque (a luta criadora), e que, uma vez desaparecendo esse conflito, o homem é uma mera espadinha de criança, boa para cortar margaridas, que não é a privação mas sim o luxo o lobo mau, que os dentes agudos do lobo são formados pelas vaidadezinhas e indolências pequeninas que constituem o legado do Sucesso - então, de posse desta certeza, você está pelo menos apto a saber onde reside o verdadeiro perigo.

Você sabe, então, que o "alguém" público que você é quando "tem um nome" é uma ficção criada por espelhos, e que o único alguém digno de você ser é o seu "eu" solitário, não visto pelos demais, que existiu desde a sua primeira respiração e que é a soma de todas as suas ações e, portanto, está sempre num estado de eterno devenir, moldado pela sua própria vontade - sabendo essas coisas, você poderá sobreviver até à catástrofe do Sucesso!

Nunca é tarde demais, a menos que você abrace a deusa-cadela, a Fama, como William James a alcunhou, com os braços abertos e ache em seus abraços sufocantes exatamente aquilo que o menininho inquieto dentro de você, com saudades de casa, queria: proteção absoluta e uma vida sem sacrifício e esforços de espécie alguma. A segurança é uma espécie de morte, creio, e pode atingi-lo numa enxurrada de cheques de direitos autorais, junto a uma piscina em forma de rim em Beverly Hills ou em qualquer outro lugar que esteja divorciado das condições que tornaram você um artista, se é isso que você é ou foi ou quis ser. Pergunte a qualquer pessoa que já passou pelo tipo de sucesso de que estou falando. Para que serve? Provavelmente para obter uma resposta honesta, você terá que dar-lhe uma injeção de soro da verdade, mas a palavra que ele emitirá finalmente, com um gemido, não pode ser publicada em publicações refinadas.

Então o que nos serve, afinal? O interesse obsessivo pelas vicissitudes humanas, além de uma certa dose de compaixão e de convicção moral, que pela primeira vez tornou a experiência de viver algo que deve ser traduzido em pigmento, música, movimentos corpóreos ou poesia ou prosa ou qualquer coisa dinâmica e expressiva. Isso é que lhe será útil se é que você tem objetivos sérios. William Saroyan escreveu uma grande peça sobre esse tema, o de que a pureza de coração é o único sucesso que vale a pena termos. "Durante sua vida - viva!". A vida é curta e não volta nunca mais. Ela está fluindo furtivamente agora, enquanto eu escrevo isto e enquanto você me lê e o pêndulo do relógio, ao oscilar, repete somente: "Nunca mais, nunca mais, nunca mais", a menos que você se lance, de coração, em oposição a ele.

sexta-feira, 23 de março de 2012

CONDENADA ! na Mostra Joseense de Teatro



As imagens de Eduardo Secco ilustram a confirmação da nossa próxima apresentação . 
CONDENADA ! na Mostra Joseense de Teatro em São José dos Campos no dia 31 de março às 19h . 
E o trabalho continua para que novas datas sejam postadas em breve . 
Aguardem !!!

terça-feira, 13 de março de 2012

3 , 2 , 1 ... BLANCHE !



Não posso deixar de publicar registros dessa tarde especial  . BLANCHE vai nascendo na  mente de cada um e já nos permite desfrutar de sensações incríveis que num futuro breve serão compartilhadas .
A vontade de encarar os segredos dessa personagem nos une e nos intriga cada vez mais , e desta forma damos início em mais um projeto desse grupo que se permite experimentar , e esse que vos escreve se encontra muito orgulhoso . OBRIGADO !
Nas fotos Jaqueline Rosa , Mariana Oliveira e Raphaela França se preparam para a chegada do nosso orientador . Muito obrigado pela oportunidade Projeto Ademar Guerra !
Estimulados , entusiasmados , EXCITADOS !


" Não quero realismo . Eu quero magia . Sim , sim , magia . É o que eu tento das às pessoas . Não digo a verdade , digo o que deveria ser verdade . E se isso é pecado , que eu seja amaldiçoada para sempre . "
( Blanche Dubois )

AGUARDEM !

Enquanto BLANCHE nasce , CONDENADA ! vai conhecendo a vida . 
Estamos confirmando algumas sessões para o próximo mês 
e bem em breve divulgaremos a agenda completa. 
EVOÉ e VAMOS LÁ !!!

sexta-feira, 9 de março de 2012

3 ATOS - Registros Recentes !


Registro de um final de semana preparatório em São Paulo .
" BLANCHE ! " , o novo trabalho do G.A.L. , receberá orientação do PROJETO ADEMAR GUERRA . 
EVOÉ à todos os envolvidos !!!


Já em Rio Preto .
 Os Ensaios para a montagem do novo espetáculo para crianças não param e os resultados começam a aparecer de uma forma natural e maravilhosa  . 
SETE CORVOS voam para sua estréia . E VOAR ! 


E CONDENADA ! 
Que em breve divulgará o próximo local de apresentação . E VOEMOS ! 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012